O sucesso dos produtos digitais e a crescente no mercado brasileiro

DIWE
April 4, 2023
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07 minutos
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Negócios

Empreender por meio digital tem sido uma ótima solução para as empresas que desejam ganhar escala e gerar lucro. Se bem desenvolvido e com a gestão adequada, o produto digital pode ser o atrativo no relacionamento entre a empresa e seus clientes, algo diferenciado que a concorrência não oferece.

Mesmo que ofertar produtos digitais não seja o negócio principal da organização, as empresas preocupadas em acompanhar as transformações digitais correntes, adotaram produtos digitais com o objetivo de oferecer uma melhor experiência aos seus clientes. 

O mercado de produtos digitais no Brasil vem se consolidando a cada ano. Embora seja uma área relativamente nova, é nítido o espaço para capacitar profissionais de Produtos, seja com cursos, metodologias, palestras ou ferramentas. Este fortalecimento dos produtos digitais no país, deve-se, entre outros motivos, devido a boa aceitação, que gera grande demanda nacional.

Como desenvolver Produtos Digitais faz parte do universo DIWE, criamos este conteúdo para abordar melhor esse tema.

O que é Produto Digital?

O produto digital é um artigo, item ou material produzido em formato digital e comercializado pela internet. Por isso, também é conhecido como infoproduto.

Ao longo dos anos, o produto digital ficou mais acessível e aumentou seu poder de alcance. Não é mais preciso armazená-lo em drives como CD, disquete ou pen-drive. O fácil acesso à internet possibilitou a agilidade do comércio online. Um bom exemplo disso são os jogos de videogame, que antes eram acessados por cartucho, mais tarde por DVD, e hoje são acessíveis online em um simples clique de download.

Algumas complexidades foram atribuídas a este tipo de produto como licenças de softwares, atualizações constantes, segurança e privacidade. Por isso, a importância de um bom gerenciamento de produto.

Tipos de Produtos Digitais de sucesso

Youtube

A plataforma de hospedagem de vídeo foi desenvolvida por três ex-funcionários da PayPal Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim que haviam sido demitidos após a venda da empresa para a eBay. Em 2005, ano de lançamento do YouTube, os vídeos eram compartilhados por drivers ou pela internet. O compartilhamento ocorria por e-mail ou como conteúdos de sites. Desta forma, não era possível categorizar ou fazer busca por vídeos. O layout inicial era bem diferente do que vemos hoje, mas transformou a forma como se compartilhava e assistia a vídeo na época. 

Em 2006, a plataforma foi vendida para o Google, e desde então, vem gerando receita generosa para a gigante de tecnologia. Disponível em mais de 80 idiomas, o YouTube possui mais de 2 bilhões de usuários e mais de 1 bilhões de horas de vídeos são assistidos diariamente na plataforma.

Slack

É uma empresa de comunicação corporativa, lançada em 2009, por Stewart Butterfield. Embora tenha sido apontada inicialmente como um fracasso, após ajustes internos, em 2013 o produto ganhou o nome Slack Technologies que conhecemos hoje.

De olho nas tendências do mercado, a empresa de software Salesforce adquiriu a startup Slack, em uma transação que movimentou US$ 27 bilhões. A compra foi iniciada em 2020, ano do início da pandemia e aumento do trabalho home office.

Uma das grandes vantagens da plataforma de canal de comunicação é a possibilidade de criar grupos de trabalho segregados por projetos. Nos grupos, os membros podem debater assuntos, compartilhar arquivos e organizar o fluxo de trabalho. 

Netflix

A empresa surgiu com modelo de serviço completamente diferente do atual. Em 1998, o site Netflix.com foi criado para venda e aluguel de DVDs, que seriam enviados via Correios. No ano seguinte, o serviço se transformou em assinatura de aluguéis de DVD. O usuário poderia assistir ao filme de forma ilimitada, sem multas, nem data de devolução. Lembrando que na época, o que fazia sucesso eram as locadoras físicas, com rigorosa data de devolução que incluía pagamento de multas. 

Em 2006, a empresa chegou a marca de 5 milhões de assinantes. Em 2007, o serviço de streaming foi implantado, permitindo ao usuário assistir imediatamente o filme ou série que preferir. Grandes sucessos de Hollywood podem ser facilmente acessados através da plataforma.

Em 2022 a empresa completou 25 anos de existência. Com mais de 200 milhões de assinantes, produção própria de filmes e séries, a Netflix stá presente em mais de 190 países ao redor do mundo e disponível em 21 idiomas.

Como são formados os times de Produtos?

O profissional de produtos não é o desenvolvedor. O Dev, como muitas vezes é conhecido, é a pessoa que entende de programação, que trabalha com tecnologia. A pessoa de produtos é aquela responsável por desenvolver ações estratégicas, baseadas nos objetivos corporativos. Além disso, analisa métricas, gerencia roadmap, elabora relatórios e desenvolve iniciativas de inovação, mitigando riscos. Tudo baseado em metodologias específicas.

Embora haja uma crescente na capacitação de profissionais de produtos, uma pesquisa recente, da PM3 (edição 2022-2023), apontou que o média salarial dos PMs (Product Managers, ou Gerentes de Produto) também teve um aumento, principalmente, na faixa de salários entre R$15.000 a R$20.000. Isso revela que o mercado tem tentado valorizar mais esses profissionais, visto a importância do trabalho desempenhado por eles para as atividades corporativas, em uma realidade cada dia mais competitiva.

A mesma pesquisa apresenta outro diferencial. O modo de trabalho desses profissionais é prioritariamente remoto. Apenas 4% trabalham em modelo presencial, enquanto 70% exercem suas atividades em home office.

O profissional de produtos não precisa ter uma graduação em particular na área de produtos, mas o ponto-chave é a habilidade estrategista para extrair dados relevantes e ter as melhores tomadas de decisão. A pessoa deve estar sempre atualizada, conhecer as metodologias adequadas e acima de tudo saber aplicá-las. 

Produtos digitais e o conceito de um produto de sucesso

A imagem acima representa o conceito criado por Jonathan Korman, em 2001. Segundo Korman, a pessoa de produtos deve caminhar pelas áreas de Marketing, Design e Engenharia, trabalhando as três frentes e extraindo o melhor de cada uma delas, a fim de criar um produto de sucesso. A pessoa de produtos deve ser agnóstica por considerar que não existe uma área mais importante que a outra. Ela deve trabalhar com base em dados e descoberta, e o objetivo sempre é o cliente final.

Não se forma profissionais do dia para a noite. Por isso, como o objetivo de atender a demanda do mercado, sem perder o foco no negócio central da empresa, uma estratégia que tem dado certo é a contratação de uma empresa parceira para descobrir o Produto Digital ideal para a sua organização. 

Por meio de Sprints, o time de produtos contratado consegue “rodar descobertas” em um período curto que provavelmente, sem experiência da sua equipe interna, não seria possível realizar com o próprio time.

Qual Produto Digital a sua empresa pode oferecer?

Antes de tudo, vale lembrar que o objetivo abaixo é mostrar as diversas formas que um produto digital pode ser utilizado. E que o foco não deve ser faturar milhões com ele, feito os cases de sucesso apresentados acima, e sim, proporcionar uma melhor experiência para o usuário.

  • Plataforma de cursos - as pessoas buscam cada vez mais capacitação. A capacitação fomenta o ecossistema dos negócios dos quais a sua empresa está inserida. Trazendo a Inteligência Artificial como aliada, a tendência é que este tipo de produto ganhe mais força nos próximos anos.
  • Aplicativo para agendamento de serviço - pode ser um serviço médico, estético ou uma consultoria. O objetivo é facilitar o agendamento, permitindo ao usuário que o agendamento seja feito em qualquer dia e horário.
  • Provador virtual - o provador virtual permite ao usuário testar combinações de roupas, cores de maquiagem e acessórios antes de adquirir o produto. Apesar de ser bem aceito no mercado da moda, o provador virtual foi adaptado para o comércio de móveis e eletrodomésticos. Nele, o usuário pode ver qual o produto físico melhor se encaixa na decoração do ambiente, antes da aquisição.

Principais desafios para um Profissional de Produtos

Analisando os grandes cases de sucesso (e insucesso também, como o caso do Google Glass), e conversando com os grandes profissionais de Produtos da DIWE, o fator determinante, sobre como e qual produto digital desenvolver, é o cliente. Por isso, o primeiro desafio é criar estratégias para dialogar com o cliente. Fazer o cliente falar, expressar suas insatisfações e desejos. 

O segundo desafio é fazer com o que gestores e executivos entendam as etapas que permeiam o processo de construção de um Produto Digital. Talvez esteja bastante interligado ao primeiro desafio.

A empresa pode esbanjar recursos financeiros, contratar equipes de profissionais altamente qualificados e ter times com os maiores desenvolvedores, mas se os executivos não estiverem dispostos a aprovar produtos conforme as dores dos clientes, o produto digital não terá boa aceitação no mercado.

O Produto Digital não pode partir da premissa “a empresa quer”, e sim olhar para o que“os meus clientes desejam”. Ou melhor, o alerta levantado pela empresa pode até ser de fato as dores expressadas pelo cliente. Mas apenas após mapeamentos estratégicos é possível realizar a descoberta do produto viável.

Leia outro artigo sobre Produtos Digitais! Veja como a DIWE pode ajudar a sua empresa a desenvolver um Produto Digital.