Os desafios do Marketing no mundo cada vez mais digital
As novas tecnologias revolucionaram o marketing, dando a ele um novo nome e novos desafios. O Martech (marketing + technology) nada mais é que um conjunto de estratégias de promoção e venda associado a ferramentas tecnológicas.
Não é só fazer marketing, mas acompanhar os avanços tecnológicos atuais e usar cada novidade a favor da empresa. E com a rápida velocidade com que as novas tecnologias são lançadas, dá para ter noção dos obstáculos para se fazer um bom trabalho de Martech.
O Martech envolve dinamismo e integração com diversas áreas da empresa. E as ações, se sincronizadas, apresentam a empresa com um valor único para o cliente. O marketing, com tecnologia, ainda carrega o peso de ser uma possível porta de entrada de inovação das empresa. O que era para ser bom, acaba sendo negativo para gestores resistentes a nova realidade do mercado, e preferem evitar investimento nessa área.
Onde o Martech oferece diferencial competitivo?
Alguma vez você inseriu o nome de uma empresa (ex.: DIWE) no buscador a fim de localizar o site e saber mais sobre ela? Não importa de qual geração você seja, muitos de nós fazemos isso. Afinal, é impossível imaginar uma média ou grande corporação sem uma página na web, não é mesmo?
Pois foi a partir dessa necessidade que o martech foi ganhando as primeiras ações. Embora ainda não tivesse esta nomenclatura, foi com o uso da internet que o Martech começou a fazer sentido. No site, a empresa mostra o seu posicionamento, suas estratégias, divulga outros canais de atendimento e vende o produto ou serviço que desejar com o e-commerce.
Mas é claro que não se limita ao desenvolvimento de sites, longe disso. São incontáveis e incríveis possibilidades de fazer marketing com as novas tecnologias.
O Martech está tão intrinsecamente inserido na nossa rotina que não tem como voltar atrás. Ele é uma realidade. E as empresas devem encontrar estratégias adequadas para os objetivos que pretendem atingir.
Porém, a busca progressiva por um lugar de destaque na web obriga o marketing a ser tão analítico quanto criativo. O que leva a uma prática recorrente de reunir dados, saber o que fazer com eles e descobrir outras formas de obter outros dados. E é nesse ponto que uma empresa encontra o diferencial competitivo.
Mas antes de explorar o martech na sua empresa, é fundamental estar consciente de como essas novidades para a área de marketing abriram caminhos para novos desafios.
Desafios do Marketing no mundo digital
Se você é da área de marketing há anos ou está chegando agora é possível que você já tenha ouvido falar sobre Philip Kotler, apontado por alguns como o pai do marketing. Dentre suas obras, o Marketing 5.0 traz exatamente a perspectiva mais recente sobre os desafios para os profissionais de marketing no mundo digital.
1 - Interagir com diferentes gerações
A diferença entre as gerações está cada vez mais acentuada. Observe o uso das redes sociais. Enquanto uma geração ainda está aprendendo (a passos lentos) a usar o Facebook, uma outra geração, ou como é conhecida, a geração “tiktoker” acessa cotidianamente todas as novidades que o aplicativo oferece. A rede social chinesa TikTok caiu na preferência do público jovem, alcançando nada menos que 60% dos usuários com menos de 30 anos.
Mas observe, cada rede social além de possuir públicos diferentes, a dinâmica de utilização também muda. Isso quer dizer que se uma empresa deseja estar presente nas redes sociais, deve estar preparada para adequar a interação conforme o público de cada rede.
Não é que existe um geração correta ou perfeita. Cada uma cresceu em contextos diferentes. Por um lado vemos aqueles que tiveram acesso a internet apenas na vida adulta. São eles que ocupam muitos cargos de comando. Por outro lado observamos aqueles que “nasceram online”. Sempre atentos a novidades, não parecem muito preocupados com o modelo padronizado e hierarquizado das empresas tradicionais.
Antes de pensar no desafio de comunicar a mesma mensagem para essas diferentes gerações, as corporações devem olhar para si mesmas e entender como lidar internamente com os conflitos geracionais. Deve-se evitar discussões como “eu sei o que as pessoas querem hoje em dia” em oposição a “eu tenho anos de carreira no assunto”.
A cultura da empresa deve colocar diferentes gerações na mesma página. Mostrar para os baby boomers a realidade do mercado atual, com a inserção das novas tecnologias dando praticidade a vida do homem. Ao mesmo tempo em que revela a geração Z a realidade empresarial, em que não é possível abraçar todas as possibilidade ao mesmo tempo e que as ações priorizadas devem ser colocadas nos seus devidos lugares.
2 - A valorização da polarização
Acompanhamos, nas últimas décadas, a valorização dos extremos. Polarização dos empregos, das ideologias, dos estilos de vida e dos mercados. É praticamente impossível se posicionar no meio termo em qualquer um desses pilares de polarização. Os extremos te empurram ou te puxam impedindo que o mediano tenha forças.
Conforme aponta o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estão se expandindo os empregos mais valorizados e bem pagos da mesma forma em que crescem os menos valorizados e de menores salários. Entre esses dois crescimentos, há a diminuição dos empregos entre os extremos.
Isso quer dizer que a polarização ganha força, com um show de hipocrisia e descaso humano. Porém, um novo alerta dispara no mercado. Enquanto o mais pobre não tiver espaço para se tornar um consumidor médio, as grandes indústrias sofrerão limite de crescimento. Afinal, em um futuro próximo, não haverá como conquistar novos consumidores, nem novos mercados.
Como solução, surgem a sustentabilidade e a inclusividade como salvação para movimentar o mercado. Durante muito tempo, a ambição de crescimento fez com que grandes corporações degradassem o meio ambiente. Proporcionar melhor qualidade de vida e bem estar aos grupos menos favorecidos faz com que essas pessoas entendam mais sobre o consumo consciente, estudem mais e aumentem a fonte de renda. Logo, o que aumenta é o consumo desse público muitas vezes esquecido.
O mesmo cenário vale para o trabalho realizado na inclusividade. A pessoa com deficiência, quando é vista e valorizada como consumidora, começa despertar interesse no consumo.
3 - O fosso digital
O nome dado pelo autor é exatamente “Fosso”. E, no primeiro momento, se você entendeu fosso como a disparidade do acesso a internet e novas tecnologias entre a população, sua visão não está errada, porém o autor também reflete uma outra perspectiva.
Devemos concordar sobre o abismo tecnológico. Em um país feito o Brasil, é possível identificar duas realidades extremas. Em grandes cidades se discute sobre internet das coisas (IoT, Internet of Things), casa conectada e a revolução do Real Estate. Entretanto, em uma realidade não muito distante, observamos a dificuldade do acesso a uma internet de qualidade, smartphones caros, e aqueles que se encontram acessíveis a baixa renda não possuem bom desempenho para aplicativos e têm espaço de armazenamento reduzido.
Embora tenha ocorrido melhoras significativas nos últimos tempos, a diferença de realidade continua sendo bem visível. Mas fosso digital, nesse caso, vai além dessa percepção. Fosso digital refere-se aos extremos (olha o nome “extremo” novamente) nos quais divergem entre a defesa e a crítica da digitalização.
É verdade que um dos principais temores da realidade tecnológica é o desaparecimento de cargos e funções, ou seja, o desemprego. E não estão erradas as pessoas que se preocupam com o seu sustento de vida.
Porém, vale ressaltar que apesar de exigir um recomeço profissional, o fomento a novas tecnologias abre portas para novos perfis de mão de obra. Lembra daquele atendente da loja de locadora de fitas VHS? Enquanto a profissão dele foi perdendo espaço, profissionais de produtos digitais e atendentes virtuais foram se multiplicando com o sucesso do streaming, por exemplo. Veja como o mercado vai mudando o formato e dando novas oportunidades para todos.
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