Gestão de Crise: o que fazer para manter a boa reputação da empresa?

DIWE
February 28, 2024
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18min
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Marketing

No geral, as empresas estão preocupadas em gerar recordações incríveis com o cliente. Porém, nenhuma marca quer correr o risco de ter uma lembrança negativa. Além de impactar nas vendas, pode gerar uma série de consequências para os negócios, envolvendo investidores e fornecedores.

Mas como saber se a imagem da empresa está positiva ou negativa? Qual o papel do marketing na Gestão de Crise? Quais ferramentas dão suporte nesse processo? Acompanhe!

Por que é importante fazer Gestão de Crise?

Já se foi o tempo em que bastava ter um bom produto ou serviço para a empresa ter boa reputação. Cumprir leis trabalhistas, ter responsabilidade fiscal, realizar ações de caráter social, ambiental e uma boa governança passaram a ser alguns dos fatores de influência para impedir o desencadeamento de uma forte crise.

Os consumidores querem se relacionar com a empresa. E isso não significa apenas ter um bom atendimento. Mais que isso! Quer dizer que eles querem marcas preocupadas em manter um posicionamento alinhado com o deles.

Com os constantes avanços tecnológicos, falar e ser ouvido nunca foi tão fácil. Com um smartphone, internet e contas de acesso à algumas plataformas, faz empresas, consumidores, influenciadores e especialistas interagirem rotineiramente.

Não é mais necessário o intermédio das grandes mídias para que uma companhia fique conhecida, seja de forma boa ou ruim. O relacionamento com o seu público é mais direto e constante.

Se por um lado esses novos recursos parecem ser obstáculos, por outro lado, se bem planejados, podem ser uma excelente oportunidade de negócio.

Esse relacionamento mais estreito se torna um atalho para as marcas conhecerem melhor os hábitos, comportamentos e preferências dos usuários. A partir dessas informações, fica mais fácil entender o que eles esperam da empresa e qual o posicionamento é considerável inaceitável.

Basta apenas uma peça publicitária sem uma revisão crítica adequada, ou o compartilhamento de uma notícia falsa, sem a mínima checagem da veracidade, para impactar negativamente nos negócios.

Relacionar o nome da marca a fake news, por exemplo, pode gerar um árduo trabalho de reconquista na confiança do público.

Com a finalidade de agir preventivamente diante destes desafios, é essencial realização a gestão de crise, ou também conhecida como gestão de reputação da marca.

O que é Gestão de Crise?

Como toda empresa está sujeita a encontrar um momento de turbulência, é fundamental estabelecer soluções rápidas previamente.

O objetivo da gestão de crise é evitar desencontro de informações e impedir que o dano seja ainda pior. No momento em que a crise se inicia, pode ser que os líderes fiquem sem direcionamento. Com a gestão adequada, é possível oferecer caminhos que norteiam e dão resposta imediatas.

A partir de uma série de ações preditivas, a empresa consegue descobrir o que os clientes estão falando sobre a marca. Além dos consumidores, vale ficar atento ao que é divulgado nas mídias, redes sociais e o que pensa a sociedade, em geral.

O gerenciamento de crise não se inicia apenas quando um escândalo acontece. São ações diárias que preservam a reputação da marca. Vão desde a criação de estratégias para lidar com feedbacks negativos, até a construção de imagem positiva. Cada passo dado é gerado a partir das observações das ocorrências no presente, a fim de traçar planos futuros.

Como fazer o gerenciamento de crise adequado?

Não é incomum uma empresa entender a importância do gerenciamento de crise, entretanto, pela falta de conhecimento sobre quais os primeiros passos a serem dados nesse processo, elas acabam deixando esse assunto para outro momento.

Porém, a exposição frequente nos mais diversos canais não permite que a necessidade de cuidar da reputação da marca passe despercebida. Muitas vezes o questionamento mais recorrente é: qual o papel do marketing na Gestão de Crise? Para responder sobre como lidar com um dos grandes desafios da gestão de marketing, vamos dividir esse assunto em quatro tópicos:

1 - Definir indicadores

A análise de indicadores é um ótimo recurso para as tomadas de decisão. Os KPIs (key performance indicator, traduzido como indicador-chave de desempenho) auxiliam na definição de objetivos.

As métricas revelam os números, as porcentagens, e os indicadores dizem qual o resultado esperado para alcançar o desempenho desejado.

Quando os indicadores não apresentam os índices esperados, vale ligar o alerta e descobrir quais são os obstáculos para tal performance. Uma crise pode ser evitada por manter um olhar mais atento aos indicadores.

2 - Estabelecer quais canais devem ser monitorados

A sociedade está mais ativa. Não tem mais receio em tecer críticas às indústrias, nem em se engajar em movimentos sustentáveis. Essa transformação de comportamento se deu devido a facilidade de acesso à informação, e aos múltiplos canais que permitem o encontro pessoas que compartilham das mesmas ideias.

Além disso, as redes sociais dão voz às pessoas comuns. Não precisam ser especialistas em nenhum assunto específico para ganhar notoriedade.

 

Por isso, é essencial as empresas marcarem presença nas mídias sociais. Assim como, elas devem explorar o inbound marketing e as mais diversas ações que o marketing digital pode oferecer.

 

Só que essa presença não deve ser aleatória, e sim monitorada. Acompanhar os insights, dicas de melhoria de um produto ou serviço, descobrir quais qualidades são mais relevantes para o público e o universo de oportunidades que esses canais oferecem.

 

O monitoramento das redes sociais não exclui, em nenhuma hipótese, o monitoramento das mídias tradicionais. Nesse ponto, vale contar com o auxílio de uma assessoria de comunicação. Como existem muitas informações inverídicas que circulam na internet, alguns canais de notícias ganham força, e acabam oferendo maior credibilidade nos conteúdos divulgados.

3 - Dialogar com público interno e demais partes interessadas

 

Muitas vezes, alguns problemas antes de serem percebidos pelos consumidores, podem ser alertados pelas equipes internas da organização. Uma falha recorrente na entrega, por exemplo, que constantemente é tratada no improviso pela área de logística, pode virar uma “bomba” se as vendas aumentarem significativamente.

 

Tratar a causa das falhas antes de lançar um novo produto sucesso de vendas, é importante não somente para o lançamento, mas para a reputação da marca, de forma geral.

 

Além disso, se a empresa oferece um canal correto para ouvir seus colaboradores, e deposita neles a confiança de que vale a pena apontar os pontos fracos sem colocar em risco a atividade que eles executam, as equipes irão apontar as deficiências em capacitação, para utilizar ferramentas tecnológicas, assim como indicar outras áreas que merecem mais atenção e não estão sendo monitoradas.

 

O diálogo com o público interno faz com que toda organização mantenha discursos alinhados que favorecem a reputação do negócio. Desde os cargos mais elevados, até os estagiários recém admitidos devem ter a mesma confiabilidade na empresa.

4 - Mapear os riscos

Dependendo do trabalho que a empresa executa, considerar uma grave ocorrência faz parte do planejamento da organização. Petroleiras e mineradoras são exemplos de atividades de risco. Essas empresas possuem uma operação que oferece um elevado risco tanto para os operadores, quanto para o meio ambiente.

 

Diante disso, a empresa não deve se preocupar apenas em criar planos de contingência, caso ocorra algum acidente. A atenção maior deve ser em criar estratégias para que as ocorrências não ocorram.

Quais ferramentas dão suporte nesse processo?

Nos tempos atuais, é impossível fazer gestão de crise sem ter um pensamento tecnológico. A tecnologia oferece algumas ferramentas que auxiliam nas seguintes atividades:

  • Automatização de processos;
  • Interação multimídias;
  • Geração de dados para indicadores e acompanhar tendências;
  • Uso de inteligência artificial para interagir com os públicos; 
  • Padronização e agilidade na comunicação da empresa; e 
  • Monitoramento de redes sociais e processos.

Na prática, como cuidar da reputação em tempos de crise?

Há momentos que, por falta de ações preventivas, os gestores perdem o controle da situação e uma crise se estabelece na empresa. E, agora? O que pode ser feito para cuidar da reputação da empresa?

Seja transparente

Fingir que desconhece um fato evidente não ajuda da reconstrução de uma imagem positiva. Reconhecer falhas não é sinal de fraqueza. Porém, além de reconhecê-las, mostre quais medidas estão sendo tomadas para corrigir os problemas e garantir que a ocorrência não volte a se repetir.

 

Acompanhe o que de fato está sendo dito

Às vezes, embora tenha acontecido um problema, a imagem da empresa está sendo afetada por informações inverídicas. Por isso, a empresa deve se posicionar de forma transparente, comunicando os fatos e avaliando o que está sendo falado a respeito dela, suprimindo informações infundadas.

Seja ágil

Muito interligado aos pontos anteriores, ser ágil é uma habilidade fundamental em tempos de crise. Responder rapidamente, mantendo o tom de voz da empresa e de modo assertivo, controla a disseminação de boatos e revela o posicionamento imediato a empresa diante das adversidades. Saber agir em tempos de crise pode se tornar o ponto forte da empresa e um atrativo para investidores.

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