Novo poder: a construção do éthos da Idade Pós-Contemporânea
O que #BlackLivesMatter, #MeToo, #IceBucketChallenge, Brexit, Recrutadoras Jihadistas, eleição de Trump, eleição de Bolsonaro, a fundação do partido espanhol Podemos, Lady Gaga, Wikipédia, AirBNB e Lego têm em comum?Todes estão contribuindo para a construção do éthos da Idade Pós-Contemporânea. Sem juízo de valor, e baseado puramente em percepção pessoal, após ler o livro “O Novo Poder — como disseminar ideias, engajar pessoas e estar sempre um passo à frente em um mundo hiperconectado (Henry Timms e Jeremy Heimans), e conectado com as matérias da pós em “Comportamento e Ciências do Consumo”, tive o insight de que o "Novo Poder" pode ser a base do éthos da Idade Pós-Contemporânea.Mas o que é o "Novo Poder"? É um mundo hiperconectado, onde as pessoas criam, compartilham e recriam constantemente suas próprias formas de interação social, de uma maneira horizontal e fluida.Tudo que é novo surgiu a partir do velho, e, para identificar os poderes, Jeremy e Henry iluminam as estruturas do poder em dois eixos, o VELHO PODER e o NOVO PODER. Mas o que são esses poderes e como eles se estruturam?O VELHO PODER se baseia em processos formais e hierarquizados de governança, preza a competição e a exclusividade, valoriza a confidencialidade e a especialização e busca uma lealdade de longo prazo.O NOVO PODER tem sua base em processos de governança distribuída em rede, valoriza a colaboração e o compartilhamento, preza por formas radicais de transparência e se satisfaz com afiliações de curto prazo, porém mais abrangentes. Os dois poderes não são excludentes, mas são forças em permanente oposição. E o que esperar dessa oposição? Esgarçamento? Quebra? Substituição? Não se pode afirmar. O que temos certeza é que o VELHO PODER levou anos aprimorando seus sistemas de controle, e assim se perpetuando. E que o NOVO PODER ainda terá um caminho longo e extremamente tortuoso a percorrer.Por Ricardo Souza – Community Manager na DIWE