Como otimizar tempo e manter a empresa competitiva
Toda empresa que deseja se manter competitiva no mercado já percebeu que precisa acompanhar as tendências e executar melhorias no tempo certo.
Quando falamos em produtos, um profissional fundamental na otimização do tempo é o Product Designer. Ele consegue identificar oportunidades, pular etapas engessadas, validar protótipos e efetuar entregas com soluções refinadas.
Então, tentamos trazer a perspectiva do time de produtos e designers da DIWE Ventures e destacamos cinco ações essenciais, a fim de mostrar como é possível otimizar tempo para manter a empresa competitiva.
1 - Ouça o que os clientes pensam sobre a empresa
Os clientes gostam de perceber que estão sendo ouvidos. Ouvir o que o cliente tem a dizer sobre a empresa, o produto ou serviço deve ser a bússola que orienta a empresa. São os usuários que sinalizam os pontos fortes, que fazem a empresa caminhar bem, assim como os pontos fracos e insatisfações. Além do mais, eles alertam para os produtos e serviços que a concorrência oferece.
Renan Cavalheiro, Product Designer da DIWE Ventures, explica que o usuário é como se fosse o chefe, “não tem como discutir com a exigência do usuário. Se a gente não fizer conforme ele pede, ele para de usar o produto. E se ele parar de usar, o produto não gera receita”.
Ele lembra que devem ser consideradas as reclamações em grande escala e é de grande valor realizar uma pesquisa para entender a quantidade de usuários satisfeitos e insatisfeitos com determinada problemática.
O ideal é que a empresa já tenha um canal para se comunicar com o usuário, seja um chat ou qualquer outro ambiente que proporcione ao cliente liberdade para expressar a opinião dele. “É o lugar que a gente mais adora para investigar, porque é ali que a gente percebe as falhas que podem ser melhoradas”, complementa Renan.
2 - Não tenha foco nos problemas, e sim nas oportunidades
Algumas empresas focam em olhar somente para o problema e desperdiçam a chance de observar as diversas oportunidades de melhoria do próprio negócio.
Não é possível interromper a operação de um produto para pensar em soluções a longo prazo. Por isso, o designer trabalha dentro de uma estrutura para ganhar tempo e ser mais funcional.
Após entender que existe um problema, o esforço do designer é dedicado em fazer descobertas, ou identificar oportunidades. Isso significa apontar possíveis direcionadores para que o problema seja resolvido o mais rapidamente possível.
Tudo muda o tempo todo em uma velocidade muito grande. O que é um problema hoje, pode não ser daqui uns meses. Por isso, é fundamental identificar oportunidades com soluções práticas e custo reduzido, enquanto o problema ainda é um problema.
Suponhamos que uma empresa tenha interação diária com seus usuários no site da organização. Mas uma falha sistêmica tem atrapalhado esse relacionamento. A empresa identificou a falha e a melhoria vai demorar mais de 3 meses para ser finalizada. Uma solução imediata, ou também chamada de descoberta, é direcionar o cliente para um aplicativo simples, com funções básicas, a fim de manter a interação com os usuários. Porque se for esperar alguns meses para restabelecer o relacionamento com o usuário, certamente ele já terá migrado para o serviço do concorrente.
Renan Cavalheiro reforça essa ideia, “quando a gente pensa em inovação, essa descoberta pode ser a criação de um MVP (mínimo produto viável). Antes de criar um aplicativo robusto, sistêmico, que vai demorar 6 meses para ficar pronto, a gente cria o MVP simples que resolve. E a gente já aprende com ele”. Os clientes aceitam bem quando percebem que a empresa está agindo para solucionar problemas perceptíveis a eles.
3 - Tenha ferramentas e a tecnologia como aliadas
A tecnologia pode ser usada para moldar o produto final, como desenvolver um aplicativo, ou ser parte da operação. Algumas ferramentas são usadas para agilizar os processos, e auxiliar a organizá-los. Afinal, conseguimos concentrar todas as informações relevantes em um único local acessível a toda a equipe.
Outra finalidade das ferramentas é dar suporte para as empresas que ainda não possuem um canal para se comunicar com o cliente. O desenvolvedor de produtos as implementa para pesquisas e interações com o usuário. Renan Cavalheiro comenta sobre a existência de ferramentas que “permitem colocar um chat ou um questionário em uma página de fricção”, no caso de compras online. Ou seja, uma página onde a jornada de compra foi interrompida. O cliente não avança no check out. Nesse momento é importante colocar algum gatilho para investigar o que interrompe a jornada e quais as dúvidas dos usuários.
Com uma visão de produtos e inovação, as empresas se preocupam em atingir o maior número de pessoas da forma mais fácil, ou seja, escalar o negócio. A tecnologia é uma grande aliada nesse processo. Por isso, Renan afirma que para escalar “temos que ser digitais. É o canal mais fácil. Mas nada impede de ser um produto físico que utilize meios digitais.” Ele ainda cita um exemplo, “pensando em um hospital, ele é um ambiente físico”, imagina se ele utilizasse “Totens, smartphones e tvs locais para guiar as pessoas ao invés de placas. Você muda o sistema. No lugar de algo impresso, emplacado e engessado, você utiliza guias digitais para facilitar o usuário.”
Hoje em dia, vemos um modelo semelhante ao citado por Renan sobre produto físico em meio digital. É o caso da rede de fast food McDonald 's que utiliza terminais de autoatendimento nas lojas físicas.
4 - Valide o produto e mitigue riscos
Depois de entender os anseios dos usuários para ter uma experiência ainda melhor com a sua empresa, e criar um produto, o MVP, é hora de avaliar se todos os principais aspectos foram de fato atendidos. Para isso, alguns testes são realizados a fim de validar o produto.
Esta ação é conhecida por mitigar riscos. O lançamento de um produto envolve riscos, mas alguns deles podem ser identificados antes do lançamento. Assim a empresa ganha tempo, escala e espaço para competir no mercado.
O esforço agora é dedicado para responder às seguintes perguntas:
- Risco de valor: a empresa tem orçamento para desenvolver este produto?
- Risco de negócio: o produto foge aos objetivos da empresa?
- Risco de uso: os usuários estão sabendo utilizar o produto?
- Risco de tecnologia: temos ferramentas e tecnologia para desenvolver este produto?
Renan Cavalheiro ressalta que “essa é a principal lógica que faz com que as competências de produto trabalhem de forma eficiente em inovação”. Segundo ele, é a lógica mais funcional para ter um negócio seguro e validado. Além disso, “gera uma economia gigante para os investidores” de startup e inovação.
5 - Acompanhe o desempenho do produto
Quando se constrói um produto, são estabelecidas métricas alinhadas junto com os investidores e stakeholders. E o acompanhamento delas faz parte da etapa de monitoramento. “Esse monitoramento acontece constantemente, porque a gente precisa avaliar se está atingindo a métrica que a gente definiu, precisa acompanhar se está gerando a oportunidade que a gente definiu”, comenta Renan.
O acompanhamento dos resultados é, inclusive, um excelente caminho para se identificar novas oportunidades. O trabalho de um Product Designer não se limita a criar produtos novos, mas também em executar melhorias em produtos em uso. Através da cultura de aprendizado, a equipe de inovação trata todo esforço dedicado, dando certo ou não, como aprendizado. Nesta filosofia, sempre há espaço para fazer melhor. “Sempre cabe melhoria, nunca temos um produto 100% perfeito”, confessa Renan Cavalheiro.
Quer aprofundar o aprendizado para otimizar processos? Não quer perder tempo com rotinas que impedem a sua empresa de ser competitiva? Quer trocar experiências com os Product Designers e toda equipe de inovação da DIWE Venture? Clique aqui e fale com a gente!